
A Galeria Chá Chá, no Mercado Público de Laguna, recebeu na noite desta sexta-feira, dia 17 de outubro, o coquetel de abertura da exposição “Xilemar”, do artista lagunense Arnaldo Russo, com curadoria de Luiza Ferraro.
Após dez anos de pesquisa artística nas praias de Laguna, o artista traz à tona uma reflexão visual sobre as marcas que o mar deixa na costa, em diálogo com os veios e linhas gravados na madeira — o xilema, que dá nome à mostra. O resultado é uma série de obras em xilogravura, técnica que utiliza a gravação sobre a madeira para imprimir formas e texturas que revelam novas imagens e significados.
“Gravar a vida que resiste; os veios que ganham forma e redescobrem outras imagens impressas em cores”, define Russø sobre o processo criativo da exposição.

Na essência de “Xilemar” está o convite para perceber o fluxo da vida e da natureza, em constante transformação. A xilogravura, nesse contexto, atua como um fio condutor, revelando o relevo e a voz oculta das linhas da madeira, assim como o mar revela as suas marcas na areia.
Arnaldo Russo propõe um olhar atento e poético sobre o cotidiano marítimo, onde cada onda, corrente e ressaca traduz a memória da impermanência — tema que permeia toda a exposição.
“O mar é o guia para deixar gravado em tinta a memória da impermanência”, expressa o artista em sua apresentação.

A exposição “Xilemar” é uma realização da Coruja Buraqueira e Arnaldo Russø, com apoio da Fundação Lagunense de Cultura e do Mercado Público de Laguna. A mostra segue aberta à visitação até o dia 17 de novembro, na Galeria Chá Chá, segundo andar do Mercado Público, convidando o público a mergulhar nas camadas da madeira e nas profundezas simbólicas do mar.
Mais sobre o artista: Arnaldo Russo – artista (@arnald0russ0) • Fotos e vídeos do Instagram
